Cicatrizes

28/11/2014 0

Uma preocupação frequente

Aceite as cicatrizes como consequência da cirurgia e pondere bastante quanto à conveniência de conviver com elas após a cirurgia: elas nada mais são do que indícios deixados em lugar de outro defeito anteriormente existente na região operada.

Se houver uma evolução desfavorável da cicatriz, mesmo que a intervenção tenha sido realizada sob os mais rigorosos padrões técnicos, não julgue que o cirurgião plástico seja o responsável pelo insucesso; o seu organismo é que não reagiu como se esperava. Mesmo assim, colabore com o médico para que possam ser feitas as correções (e existem várias táticas e técnicas que propiciam bons resultados na maioria dos casos) mais adequadas, ao aguardar o período de evolução e oportunidade ideal para a intervenção.

Toda cirurgia deixa uma cicatriz que poderá ser mais ou menos visível. A cirurgia plástica “não apaga cicatrizes”, apenas procura situá-las em sítios menos aparentes (dentro do cabelo, sulcos etc.), ou mesmo, substitui certas cicatrizes viciosas por outras mais aceitáveis.

Outro fator importante quanto às cicatrizes é a sua evolução. Três períodos caracterizam o processo de maturação de uma cicatriz (períodos esses que serão tão prolongados quanto maior a espessura da pele): o período imediato, que vai até o 30º dia após a cirurgia; o período mediato, que vai do 30º dia até o 8º ou 12º mês; o período tardio, após o 12º mês.

Alguns pacientes apresentam melhoria do aspecto cicatricial até mesmo após o 18º mês.

Dr. Luiz Américo de Freitas Sobrinho
Cirurgião plástico – CRM 26545-SP